Cheguei ontem pela caída da noite - não sei se se magoou, a noite - eu não!
Ou será que sim? que me magoei ...
Sei que os pulmões não me chegavam para respirar o ar de MARESIA feito,
assim que entrei em Albufeira o coração disparou e senti a DOR DA SAUDADE...
Estou em casa, VERDADEIRAMENTE EM CASA, esta casa tresanda a mim,
esta casa sou eu de corpo e alma,
e eu
a pensar que ela se tinha esquecido de mim,
ou eu dela...
É manhã, o sol entra em jorros, como sempre sem pedir licença ou esperar convite, e é assim que eu gosto.
Os amigos devem entrar assim, sem pedir licença.
Os gritos das gaivotas pousadas no telhado, e alvoraçadas pela ocupação das areias que nos invernos lhes pertencem, ouvem-se quase que incomodativamente...
mas não,
agora nem isso me incomoda,
bem pelo contrário, apetece-me saudá-las e dizer-lhes que estou de volta.
ANO E MEIO SEM VIR A MINHA CASA... foi o tempo que precisei para ter coragem de vir e ter a certeza (?) que poderia partir outra vez.
A estadia vai ser breve, vou encher os olhos, a alma e a pele das cores dos sons do sol dos amigos e do ar que aqui se respira.
Eu acho que só o meu corpo vai partir,
depois deste afastamento,
definitivamente sei que a minha alma casou com a alma desta casa e nada nos afastará...
É possível um amor assim?
um amor feito de 500Km de distância,
de camas partilhadas por outros que nem sei quem são,
mas que no fim são só minhas, no meu regresso.
Como já tenho saudades de ti, minha casa, minha tão doce casa...e ainda agora cheguei e ainda agora nem parti...
(foto da web)
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