domingo, 30 de março de 2008

Terror no galinheiro!


O meu "kanguru" era rã!


Ele há cangurus e "kangurus"!

O meu, além de ser "kanguru", era também rã!!!

Sabem aquela do cientista que tirou uma perna à rã e a mandou saltar?FOI, e ela saltou!!!

Tirou-lhe a 2ª e de novo a mandou saltar, e ela saltou!!!

A 3ª, e ela saltou!!!

A 4ª e a rã...não saltou!!!

Conclusão científica:

Rã sem 4 pernas...é SURDA!


Pois o meu kanguru, não sei se alguém lhe teria arrancado as pernas ou se era surdo porque...não saltava!

Nem chus nem mus, nada, quedo e ledo, vai daí...mandei-o de volta e agora chulo a internet das filhas uma vez de vez em quando!!!


E pronto como só venho à cidade quando o rei faz anos, despeço-me com muita amizade e até à próxima , que há-de ser um dia destes não sei quando!


Beijos e abraços e muitos palhaços! :D

sábado, 22 de março de 2008

A Páscoa e os coelhos

(casa das bonecas de pano) http://www.casadasbonecasdepano.com

A História do coelhinho da Páscoa e os ovos

«A figura do coelho está simbolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.
Mas o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa? Tanto no significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova. Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida.A figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII.»

Bodo de Salvaterra do Extremo




Situada junto da fronteira com Espanha e de origem muito antiga, foi um reduto fortificado pelos romanos e pelos árabes. Seria, posteriormente, sobre estas ruínas que D. Afonso Henriques mandaria construir o castelo. D. Sancho II atribui-lhe, em 1229, foral.


Existiu como concelho até 1855, altura em que foi anexada ao concelho de Idanha-a-Nova. Das regalias municipais de outros tempos, conserva como testemunho, o pelourinho pois, do seu castelo e fortaleza já nada existe.Relativamente à actividade económica da vila, encontram-se documentos alusivos à exploração mineira (volfrâmio, chumbo, estanho e ouro) mas actualmente esta indústria deu lugar à pastorícia, agricultura de subsistência e ao comércio.


«À semelhança de Monfortinho, Salvaterra do Extremo tem como padroeira Nossa Senhora da Consolação e na 2ª feira de Páscoa e desde 1905 realiza o tradicional bodo, festa de abundância e alegria, em sequência de uma promessa ancestral (de Nossa Senhora proteger as searas de uma violenta praga de gafanhotos). Após a missa e procissão, centenas de habitantes e espanhóis confraternizam no recinto do bodo, onde são servidos, gratuitamente, pratos típicos de borrego e vinho à descrição.Toda esta freguesia tem um encanto especial. As pessoas são afáveis e hospitaleiras, pelas ruas encontramos pequenas maravilhas como: a casa dos Sardões, o poço em forma de meia lua, a Casa da Câmara e a torre sineira, as casas típicas de xisto, as cegonhas no campanário e as interessantes pocilgas de granito em forma cilíndrica. Não perca ainda a oportunidade de efectuar um passeio pedestre pelas fragas do Erges e pela calçada romana próxima da praia fluvial e das azenhas»


E pronto, para quem não sabe o que fazer na 2ª feira de Páscoa e aprecia estas festas bem como as típicas iguarias (ierc!!!)como laburdo e chanfana servidas gratuitamente a todos os visitantes, aqui vos fica a sugestão.

Bora nessa?

Arca de Noé...uai noé?!?


Olhem a delícia que eu roubei em: http://lengalengas.wordpress.com/

sexta-feira, 21 de março de 2008








Cântico Negro


"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces

Estendendo-me os braços, e seguros De que seria bom que eu os ouvisse Quando me dizem: "vem por aqui!"

Eu olho-os com olhos lassos, (Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)

E cruzo os braços, E nunca vou por ali...

A minha glória é esta: Criar desumanidade!

Não acompanhar ninguém. - Que eu vivo com o mesmo sem-vontade Com que rasguei

o ventre à minha mãe

Não, não vou por aí!

Só vou por onde Me levam meus próprios passos... Se ao que busco saber nenhum de vós responde

Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,

Redemoinhar aos ventos,

Como farrapos,

arrastar os pés sangrentos,

A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi Só para desflorar florestas virgens,

E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada! O mais que faço não vale nada.

Como,

pois sereis vós

Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem

Para eu derrubar os meus obstáculos?...

Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,

E vós amais o que é fácil!

Eu amo o Longe e a Miragem,

Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide!

Tendes estradas, Tendes jardins, tendes canteiros, Tendes pátria, tendes tectos, E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...

Eu tenho a minha Loucura !

Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,

E sinto espuma,

e sangue,

e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém. Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;

Mas eu,

que nunca principio nem acabo,

Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!

Ninguém me peça definições! Ninguém me diga: "vem por aqui"!

A minha vida é um vendaval que se soltou.

É uma onda que se alevantou. É um átomo a mais que se animou...

Não sei por onde vou,

Não sei para onde vou

- Sei que não vou por aí!


José Régio

línguas para fora!


Vou gostar de ver o pessoal a deitar a língua de fora aos senhores agentes da autoridade!

Só tenho uma dúvida...como se fará a fiscalização em determinados sítios do corpo ?!?

Desculpem qualquer coisinha...

Há coisas que não entendo, e uma delas é esta:
Se o Estado é laico...porque cargas de água é que temos feriados religiosos?!?
Bem sei que sabe bem ter feriados, então se são à 6ª...melhor ainda e são que nem ouro sobre azul, mas...desculpem-me lá...faz sentido?!?
Este é o feriado religioso que mais me incomoda, celebra-se a morte de Cristo, o feriado deveria ser para reflexão, mesmo para os não crentes, seria bom termos um dia no ano para nos analisarmos,fazermos um exercício de introspecção e reflectirmos no que raios andamos cá a fazer.
Não é necessário e obrigatório ser católico apostólico romano nem sequer cristão, apenas é necessário sermos pessoas com vontade de cumprir o objectivo da vida, que deve ser um bocadinho mais do que aquilo que habitualmente fazemos.
Eu sei que o pessoal quer férias, os agentes de viagens precisam destes intervalos para facturar, as discotecas para organizar mais umas festarolas, etc etc., mas será que não podíamos guardar SÓ 1 DIA, só 1 em respeito a Cristo ou então em respeito a nós próprios enquanto seres supostamente pensantes?

Incomoda-me este feriado, incomodam-me os programas festivos que se elaboram para este dia.
Não sou contra o feriado, não sou contra os cristãos e não sou contra seja quem fôr e de que religião fôr, sou é contra a hipócrisia!

Desculpem lá qualquer coisinha, tá? eu também gosto de feriados!

Porque hoje é Sexta Feira Santa






E lá vão tocando os sinos...







Tocam os sinos da torre da igreja,



Há rosmaninho e alecrim pelo chão.



Na nossa aldeia que Deus a proteja!



Vai passando a procissão.




Mesmo na frente, marchando a compasso,

De fardas novas, vem o solidó.

Quando o regente lhe acena com o braço,

Logo o trombone faz popó, popó.


Olha os bombeiros, tão bem alinhados!

Que se houver fogo vai tudo num fole.

Trazem ao ombro brilhantes machados,

E os capacetes rebrilham ao sol.


Tocam os sinos na torre da igreja,

Há rosmaninho e alecrim pelo chão

.Na nossa aldeia que Deus a proteja!

Vai passando a procissão.


Olha os irmãos da nossa confraria!

Muito solenes nas opas vermelhas!

Ninguém supôs que nesta aldeia havia

Tantos bigodes e tais sobrancelhas!


Ai, que bonitos que vão os anjinhos!

Com que cuidado os vestiram em casa!

Um deles leva a coroa de espinhos.

E o mais pequeno perdeu uma asa!


Tocam os sinos na torre da igreja,

Há rosmaninho e alecrim pelo chão.

Na nossa aldeia que Deus a proteja!

Vai passando a procissão.


Pelas janelas, as mães e as filhas,

As colchas ricas, formando troféu.

E os lindos rostos, por trás das mantilhas,

Parecem anjos que vieram do Céu!


Com o calor, o Prior aflito.

E o povo ajoelha ao passar o andor

.Não há na aldeia nada mais bonito

Que estes passeios de Nosso Senhor!


Tocam os sinos na torre da igreja,Há rosmaninho e alecrim pelo chão.Na nossa aldeia que Deus a proteja!Já passou a procissão.




DÁ-ME O TELEMÓÓÓÓÓÓOÓÓVEEEEELLLLL!!!


O que mais me impressionou nesta cena macaca, não foram as imagens ou sequer os berros histéricos de quem está habituado a fazer tudo o que quer, como quer e porque quer, óbviamente, não falo da Srª.Professora....O que mais me impressionou foi o facto de todos parecerem chocados com isto, a sério!

Parece-me que anda tudo com a cabeça enterrada na areia ou com venda nos olhos, ou então com os neurónios comprometidos com qualquer coisa que nada tem a ver com o uso apropriado dos mesmos.

Qual é a novidade?!? os meninos crescem donos e senhores de tudo e de todos, têm tanta gracinha...até já vi avós, daqueles que em tempos se calhar tratavam os filhos a chapadão, rir de quase de rebentar de orgulho quando os seus lindos netinhos lhes dão os chapadões a eles, é tão giro! e esperto, estas crianças já nascem espertas, olá!!!

Quanto aos senhores professores se calhar já se mexiam para terem mais autoridade na sala de aulas, não?Eu sei que esta história das avaliações dos mesmos é importante, e que a progressão de carreira também, mas...não será mais importante, para começo de conversa...a exigência do respeito? digo eu...com os nervos - expressão muito utilizada por uma amiga minha, professora, suponho que os nervos sejam os que apanha nas aulas, mas ainda assim ela consegue impôr o tal respeito e consegue também a admiração dos alunos por ela, claro que também não teve a pouca sorte de trabalhar numa escola de bairro problemático ou afim, isto não lhe retira o mérito, claro!

Esta geração, a dos meninos telelé é uma geração traumatizada, portanto...a culpa não é deles!

Aliás, a culpa NUNCA é deles, é dos paizinhos que para não se chatearem aceitam ser chantageados pelos novos ditadores, as suas queridas criancinhas.`

É dos senhores professores que se demitiram da função de educar, ajudando a construir os Homens de amanhã com valores tais como o respeito pelos outros.


Diz-se que quem dá o pão dá a educação, ora o pão cada vez está mais caro, de maneiras que...

quinta-feira, 20 de março de 2008

A Enfermeira!


Procurei por toda a net -toda não teria sido concerteza, maneiras de falar- e não encontrei uma única imagem/fotografia que represente a "enfermeira", salvo as que preenchem os imaginários eróticos de muitos, agora enfermeira a sério...não há!
Por isso, a imagem ao lado bem como o texto que a acompanha, apesar de não serem o meu género, foi o que encontrei que mais se aproxima do que quero expressar.


Claro que as generalizações são exageradas e que haverá excepções ,tenho a certeza que sim, muitas de certeza, o que faz daquelas a quem me refiro ainda mais dignas de louvor.
Não sei quantos de vós já passaram pelos hospitais públicos, quase todos provavelmente e não sei qual a vossa opinião acerca do assunto, por isso só posso falar das minhas experiências vividas e presenciadas.

Fico sempre com um nó na garganta feito de emoção e admiração de cada vez que passo pelo hospital, fico sem jeito de agradecer e só consigo gaguejar uns "muito obrigado" que em nada exemplificam a gratidão que me vai na alma, por isso queria aqui dizer, para quem o quiser ler, a admiração que tenho pelos enfermeiros.
Também não sei se nos restantes hospitais do país se exerce a enfermagem da mesma formas, como já disse, falo do que conheço, e o que conheço são as enfermeiras (quase todas mulheres, sim) do Hospital Distrital de Faro.

O carinho, a dedicação,a paciência e o profissionalismo destas deixam-me sempre a pensar que não são deste mundo, por isso procurei uma imagem que as representasse com asas de anjo.

A qualquer hora do dia ou da noite elas acorrem ao tocar da campaínha que alguns pacientes insistem em tocar só porque a dita (a campainha) está à mão de semear, que é como quem diz, de tocar!

A verdade é que as pessoas no geral (lá vem mais uma generalização perigosa) são demasiado exigentes, especialmente com os outros, aposto que não o são para com elas próprias da mesma forma ou então teríamos um país altamente cumpridor, o que não me parece que seja a realidade portuguesa.

São também maledicentes, e quando abrem a boca é sempre para criticar.Assisti mais uma vez a tudo isto no hospital, e mais uma vez a única certeza que trouxe é que temos as melhores enfermeiras do mundo - não que eu conheça o mundo, mas aposto que assim é!

E porque acho que já expressei tudo o que queria, que mais não é que um elogio às enfermeiras, por aqui me fico de lágrima no olho e o coração cheio de gratidão.
Senhoras Enfermeiras do 4º piso poente,do 5º piso, de oncologia-quimioterapia e senologia (e provavelmente outras mais com quem me tenho cruzado)do Hospital de Faro:


Um Enorme Obrigada por existirem e nos ajudarem de forma tão sublime a sarar os nossos males,que tantas vezes são mais de alma que de corpo.

Ah, e se por acaso algum de vocês conhecer alguma enfermeira do Hospital de Faro, digam-lhe lá que alguém muito agradecido lhes prestou homenagem aqui neste espaço,tá?
Pronto, capítulo " hospital" encerrado,acabaram as lamechices!!!
Beijos :)

quarta-feira, 19 de março de 2008

I'm back! ;)

Estou de volta e boa de saúde :)

Já cá canta mais uma cirurgia bem sucedida, só que ainda não foi a última, raios, o pessoal do hospital curte-me mesmo!

Também já tenho um bicho que salta (kanguru), o que me permite estar aqui a escrever estas patacoadas, ou seja, finalmente tenho net nos confins das Beiras.

Ainda não tive foi tempo de ir visitar os meus amigos aos seus espaços, mas vou já, já!

Obrigada pelas mensagens que deixaram e que provam que apesar de ausente, me vieram visitar e dar força, OBRIGADA!

Ora abóbora!


Moss...estou mais chateada que perú em véspera de Natal!!!

Com quem?

COM VOCÊS TODOS!!!


SIM, com vocês!


Eu já estou toda taralhouca e de vez em quando...pimba, lá vai calinada.

Não sei se será aquele senhor alemão chamado Alzeimer, duvido, pois não é assíduo da familía, mas...a malta nunca sabe, ele aparece quando e onde menos se espera!


Bom, e o que é que o tal cavalheiro tem a ver com o facto de estar ligeiramente aborrecida com os meus queridos amigos?!?

Ah pois,

o que tem a ver é que TENHO ERROS ORTOGRÁFICOS nos meus posts...tá mal, ah pois está, e quem, quem é que foi amiguinho e me chamou a atenção para isso?!?

NOBODY!!!

Pronto, a verdade é que a culpa foi minha e a v erdade também é que baralho-me com os "gs" e os "js", por isso, ignorem os "finjir" que constam de um post e imaginem que está lá "fingir", é que não vou "corriJir", que é para não me esquecer tão depressa!


Para penitência, já escrevi 100 vezes no caderno dos "tpc", eheh!

quarta-feira, 12 de março de 2008

The Secret to You..A Gift From The Secret Scrolls.

Está decidido, hoje é o 1º DIA do resto da minha vida!

terça-feira, 11 de março de 2008

Estou cá mas finje que não me viste!


Estou OFICIALMENTE internada,

mas como NÃO há cama...

hoje durmo em casa!

amanhã se verá se o milagre da multiplicação das camas hospitalares me permitirá a cirúrgia ou não, até lá estou cá mas finjam que não me vêem!

Fundo do mar



Fundo do mar

No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.

Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,

Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinhoDos seus mil braços,

Uma flor dança,

Sem ruído vibram os espaços.

Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.
Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.


Sophia de Mello Breyner Andresen

domingo, 9 de março de 2008

Eu por cá...

Estou por cá!

Só por cá dou sinais de vida, só por cá tenho como o fazer...

"Enclausurada" nas pedras escuras das aldeias da beira, onde "net" é coisa de cidade e cuja única distracção é ir "tomar a bica" ao café, sem acesso a computador ou telemóvel, que rede é coisa que por lá não existe, quase que esqueci como se tecla nesta coisa, os dedos estão como que enferrujados e a cabeça recusa-se a juntar as letrinhas para formar palavras escritas... ai ai,desta é que aparvalho por completo!

5 horas de viagem, sim, 5 horas e mais uns pózitos é o tempo que levo de Castelo Branco a Albufeira, está bem que vou deitando o olho às cegonhas, aos porcos, às vacas e aos montes Alentejanos pelo caminho, também...correr para quê?!?

A casa está à minha espera, vazia e fria, ressentida pelas sucessivas ausências (como a compreendo...), no entanto sinto que ainda me pertence e que, após o amuo inicial me acolhe e me abraça, fazendo-me sentir "EM CASA"!

A estadia vai ser breve, chama-me a vontade de estar inteira outra vez, a vontade de voltar a ser mulher, inteira e simétrica porque há coisas que são melhores aos pares...

Se a maldita constipação que me apanhou desprevenida se fôr entretanto embora, 4ª feira próxima vou completar a reconstrucção mamária, vou poder usar decotes outra vez, não exibicionistas, apenas decotes sem enchimentos falsos debaixo dessa peça de roupa que é tão feminina quanto nós mulheres.

A todos os que por aqui foram passando e notaram a minha ausência, deixo um beijo enorme e a promessa que, enquanto por aqui estiver, vou aparecendo!Depois, esperam-me as casas de pedra e as idas ao café da aldeia até que a sorte vire e eu possa reconstruir-me já não só como mulher, mas sim como pessoa inteira e com vida própria!



Será?!?

O Palhaço e/ou eu



"Ladrão de mulher"

Antigamente, quando o circo chegava às cidades, as crianças cantavam nas ruas:
"Hoje tem goiabada? Tem sim senhor!
O palhaço o que é? É ladrão de mulher!"
Que história é essa? Ladrão de mulher?
Nada disso. O palhaço é apenas o ladrão da tristeza, o mensageiro da alegria. Com seu nariz vermelho, seu colarinho folgado, a boca enorme, as botas desencontradas, uma em cada direção, ele transforma o mundo numa bola colorida que todos podem jogar, pobres e ricos, feios e bonitos.
Ele faz da vida um exercício de paz, uma fantasia em que todos ficamos iguais. E quando rimos do palhaço, estamos rindo de nós mesmos e nos perdoando de nossos tombos, de nossos erros, de nossas tristezas.
Vou lembrar aquela história do palhaço que perdeu o filho. Abraçado à mulher, ele chorava a perda de quem mais amava na vida. Mas o circo se encheu de gente, a platéia batia palmas e exigia o palhaço em cena.
E lá ia ele, com seu nariz vermelho, o colarinho folgado, a boca enorme e vermelha gargalhando. E, dentro do peito, o coração soluçando.