Há dias no Centro de Emprego, cheio que nem um ovo - nada que seja novidade -entra uma familia cigana.
Gostaria de sublinhar que eu sempre admirei este povo, achava que eram os únicos que se borrifavam nisto tudo e preservavam ainda alguma liberdade.
Pois bem, dizia eu, entrou a tal familia composta por um jovem adulto, bem constituído e aspecto saudável, uma mulher, a sua, com uma criança de colo e a mais dois farruscos típicos membros desta etnia.
No calor sufocante e silêncio irritante irrompe a voz provocante do cigano mais velho:
- Querem que eu trabalhe?? trabalhem elis, elis que trabalhem, cada carta que me mandareim, é rasgada, era só qui faltava, ê cá na trabalho, trabalhem elis!
A mulher um pouco envergonhada sorria, desdentada e ía dizendo - olha que nos deêm o dinhêro para pôr os dentis- ao que ele respondia:
-Ê cá cá é que nã trabalho, era o que faltava, trabalhem elis!
E pronto, começo realmente a deixar de respeitar estas minorias, não por preconceito mas porque começo a sentir na pele que somos nós os descriminados, somos nós os " Elis" que temos de trabalhar para que eles vivam regalados às nossas custas.
Tenho pena, eu gostava MUITO do povo cigano!
Adeus Lelos, de mim, de livre e espontânea vontade, não levam nem mais um corno!
1 comentário:
Pois, eu cada vez mais digo, ando a trabalhar para estes chulos não fazerem ponta de um corno! Sim, porque quando chegar a minha altura, já não vai haver reformas, de maneiras que eu provavelmente nunca vou "usufruir" daquilo que desconto...
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