Eu festejei quando Obama foi eleito.
Encontrei-lhe no discurso a diferença que poderia fazer "A" diferença.
Porém, festejei com alguma reserva, compreendi que um só homem, por muito poderoso que fosse não poderia por si só, mudar o mundo.
Mas acreditei, acreditei que talvez nascesse ali a esperança para que algo efectivamente fosse feito.
...
É com surpresa que tomo conhecimento que Obama é o laureado com o Nobel da Paz!
E pergunto-me porquê, a propósito de quê.
Primeiro pensei que mais uma vez estava a ser demasiadamente crítica e que lá haveria razões que eu, pobre leiga desconhecia. Optei por nem pensar mais nisso, optei por colocar os "posts" com fotos que mudamente expressam a opinião sobre o assunto, quem morria de fome há 1 ano ,já morreu e outros continuam, da mesmíssima maneira, a morrer e a sofrer perante a indiferença e o olhar de todos.
Levantam-se agora vozes de pessoas importantes que afinal pensam como eu. É prematuro este prémio, não há justificação para a atribuição do mesmo.
A única explicação que eu encontro, é que este seja um género de memorando, um avivar de memória, um relembrar de compromissos.
Quem sabe, Obama agora sinta uma maior responsabilidade nas posições que toma quando é chamado a intervir nos destinos do mundo, quer na paz, na guerra e na decisão sobre a vida e a morte de tantos povos que morrem à míngua apenas por interesses egoístas dos países desenvolvidos.
Se este prémio acordar a consciência de Obama e mais alguns políticos responsáveis, então sim, a atribuição foi um gesto pensado e louvável na sua estratégia, caso contrário, se calhar este prémio terá que ser repensado quanto à sua importância e responsabilidade que lhe é atribuída por todo o mundo.
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